terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Messi leva tri da Bola de Ouro e confirma hegemonia


Pela primeira vez, o prêmio oferecido pela Fifa ao melhor jogador do ano fica três vezes seguidas nas mãos do mesmo dono. O responsável pelo feito é o argentino Lionel Messi, que nesta segunda-feira levou a melhor sobre o português Cristiano Ronaldo e o espanhol Xavi para ganhar a Bola de Ouro 2011 em evento realizado no Kongresshaus, em Zurique, na Suíça. O atacante do Barcelona ficou com 47,88% dos votos, enquanto Cristiano Ronaldo teve 21,6 e Xavi 9,23%.

"É um grande prazer conseguir essa honra imensa pela terceira vez. Queria compartilhar com as pessoas que me ajudaram, meus companheiros jogadores, meu técnico, meus amigos, tanto do Barcelona quanto da seleção argentina: não teria conseguido sem vocês. Se não fossem esses jogadores eu não teria conseguido chegar até os outros dois", disse Messi, que exaltou o companheiro de Barcelona, Xavi Hernández.

"Gostaria de compartilhar este prêmio com o Xavi. É a quarta vez que estamos juntos nessa emoção. Você merece estar aqui, é um prazer novamente estar contigo na premiação. Quero compartilhar este prêmio contigo. Muito obrigado e agora vamos ver se conseguiremos coisas com o Barcelona e a seleção", afirmou.

Além da hegemonia inédita, Messi iguala Ronaldo e Zidane na premiação realizada desde 1991 com três conquistas. Se considerada a Bola de Ouro oferecida pela revista France Football desde 1956 - os prêmios foram unificados em 2010 -, o argentino se iguala a Michel Platini como tricampeão consecutivo. Porém, na época em que o francês ganhou, apenas jogadores europeus participavam.

A conquista de Messi é reflexo de uma temporada quase irretocável com o Barcelona. Campeão espanhol, europeu e mundial, o argentino manteve um nível alto de performance durante todo o ano. Mas somente quando vestia a camisa azul-grená, já que com a seleção argentina o atacante mais uma vez decepcionou com atuações abaixo da média e fracassou na Copa América disputada no país-natal.

Aos olhos dos votantes - capitães e técnicos de seleções -, as arrancadas em toques curtos na bola, sempre em direção ao gol, complementadas com a técnica e calma dos melhores centroavantes, sobressaíram-se em relação à eficiência no passe e capacidade de organização de Xavi e ao vigor físico e à velocidade de Cristiano Ronaldo.

Messi é o brilho final de um time cuja principal característica é manter uma maior posse de bola do que o adversário. É o craque que tem a frieza para se sobressair no momento decisivo. É o camisa 10 que se adaptou às mudanças do futebol e adicionou velocidade e dinamismo ao toque de bola preciso e visão de jogo. É o jogador leve que consegue escapar das pancadas, mas quando as recebe aguenta como se tivesse a estrutura de um touro.

Com apenas 24 anos e atuando em um time que parece com fôlego inesgotável, é natural imaginar uma hegemonia ainda maior do argentino no futebol mundial. Porém, para as comparações já comuns com Pelé e Maradona ganharem credibilidade, ele precisará repetir o futebol decisivo em uma seleção que acumula decepções nas últimas duas décadas.

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